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Quando os Objetivos Ficam Distantes: Entendendo e Superando a Tristeza

Foto do escritor: Rosimeri MebsRosimeri Mebs

Atualizado: 8 de jan.




Introdução




Jovem Frust
Jovem frustada

Imagine uma jovem cheia de sonhos e planos — ela quer viajar, explorar o mundo, viver grandes experiências. Mas sua realidade atual contrasta com suas aspirações: um trabalho que mal paga as contas, solidão em uma cidade nova e a recente quebra de um relacionamento. Olhando assim, há muitos motivos para tristeza e frustração. Mas o que acontece quando percebemos que algumas dessas dificuldades decorrem de escolhas feitas no passado? Este artigo se propõe a refletir sobre como lidar com a tristeza de não alcançar objetivos, especialmente quando essas situações são fruto de decisões anteriores.


Fundamentação Teórica

De acordo com a psicologia cognitivo-comportamental (TCC), nossas emoções estão intimamente ligadas às crenças e pensamentos que cultivamos. Quando não alcançamos um objetivo, frequentemente ativamos crenças automáticas de fracasso ou incompetência (Beck, 1979). Isso intensifica a dor emocional e pode levar a estados de desânimo.

A Teoria da Autodeterminação (Ryan & Deci, 2000) explica que a frustração de necessidades psicológicas básicas, como competência, autonomia e conexão social, impacta negativamente o bem-estar. No exemplo citado, o descontentamento com o trabalho, a solidão e o fim de um relacionamento são eventos que interferem nessas necessidades, gerando sofrimento.

Além disso, a discrepância entre expectativa e realidade é um elemento chave. Muitas vezes, subestimamos o papel de recursos práticos, como dinheiro e planejamento, em nossos objetivos. Segundo Kahneman e Tversky (1979), a "falácia do planejamento" é a tendência de superestimar resultados e subestimar dificuldades, o que pode levar a decepções.


Reflexão: Escolhas e Consequências

É importante reconhecer que toda escolha tem conseqüências. No caso da jovem mencionada, a resistência à importância do dinheiro e do planejamento financeiro teve um papel crucial em sua situação atual. Há momentos em que negamos realidades práticas por crenças idealistas, apenas para descobrir mais tarde que essas realidades têm um impacto direto em nossos objetivos e sonhos.

Isso não significa que devemos abandonar nossas paixões ou ideais, mas sim encontrar um equilíbrio. Aceitar que o dinheiro é uma ferramenta importante, que o planejamento é necessário, não diminui nossos valores — pelo contrário, pode potencializar nossas realizações.


Dicas para Superar e Reavaliar o Caminho

  1. Reflita sobre suas Decisões: Pergunte-se o que poderia ter sido feito de forma diferente e como aprender com essas experiências. Aceitar responsabilidades é libertador.

  2. Equilibre Razão e Emoção: Sonhos são fundamentais, mas devem ser sustentados por ações práticas. Planeje metas que combinem paixão e viabilidade.

  3. Pratique a Gratidão Realista: Reconheça o que você já conquistou e valorize as oportunidades que tem agora. Isso ajuda a manter o foco no presente.

  4. Procure Apoio: Conversar com familiares, amigos ou um terapeuta pode trazer novas perspectivas e aliviar a carga emocional. Ninguém precisa enfrentar desafios sozinho.

  5. Invista em Planejamento: Aprenda sobre educação financeira e gerenciamento de tempo. Pequenos passos nesse sentido podem abrir grandes possibilidades.

  6. Redefina o Sucesso: Sucesso é um conceito subjetivo. Reavalie o que realmente importa para você e ajuste suas metas conforme necessário.

  7. Considere a Psicoterapia e a Realidade Virtual: A psicologia oferece ferramentas para reestruturar crenças e trabalhar emoções. A realidade virtual, por exemplo, pode ajudar a lidar com frustrações e visualizar novos caminhos.


Considerações Finais:

A tristeza diante de metas não alcançadas é uma oportunidade de crescimento. Ao entender a relação entre nossas escolhas, expectativas e resultados, podemos construir um caminho mais alinhado aos nossos valores e objetivos. Aceitar as dificuldades como parte do processo é fundamental para seguir em frente com resiliência e esperança.


Referências

  • Beck, A. T. (1979). Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. Penguin Books.

  • Ryan, R. M., & Deci, E. L. (2000). Self-determination theory and the facilitation of intrinsic motivation, social development, and well-being. American Psychologist, 55(1), 68–78.

  • Kahneman, D., & Tversky, A. (1979). Prospect theory: An analysis of decision under risk. Econometrica, 47(2), 263-292.

  • Neff, K. D. (2003). The development and validation of a scale to measure self-compassion. Self and Identity, 2(3), 223-250.

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